15/04/2009

"Show de Luzes" em buraco negro

Telescópio Hubble registra 'show de luzes' em buraco negro

A explosão veio de uma bolha de matéria num buraco negro no centro da galáxia elíptica de M87.

O telescópio espacial Hubble, da Nasa (agência espacial americana), testemunhou um verdadeiro show de luzes vindo de um buraco negro no centro de uma galáxia.

A explosão de luz veio de uma bolha de matéria chamada HST-1, embutida em um jato de matéria, um poderoso e estreito raio de gás quente produzido por um buraco negro que fica no centro de uma galáxia elíptica e gigantesca, a M87.

O HST-1 é tão brilhante que está ofuscando até o centro brilhante da galáxia M87, cujo buraco negro é um dos maiores já descobertos.

Sequência de perda e ganho de brilho no jato d e matéria HST-1. Imagem: Hubble Space Telescope

A massa de gás brilhante tem dado um espetáculo para astrônomos. Os cientistas observaram o brilho estável do HST-1 por vários anos, até que ele se apagasse. E então o HST-1 se reacendeu e agora os astrônomos afirmam que é difícil prever o que vai acontecer.

O telescópio Hubble está observando esta atividade nos últimos sete anos, fornecendo imagens detalhadas dos eventos. O telescópio dá aos astrônomos uma visão única, próxima do ultravioleta do jato de luz que os telescópios na Terra não conseguem alcançar.

"A visão precisa do Hubble permite definir o HST-1 e separar do buraco negro", afirmou o o astrônomo Juan Madrid, da Universidade McMaster, em Hamilton, no Canadá.

Madrid reuniu sete anos de imagens de arquivo do jato de luz, capturadas pelo Hubble, incluindo as mudanças no comportando do HST-1 durante o tempo.

O jato de luz pode fornecer dados sobre a variação de jatos em buracos negros de galáxias distantes, que são difíceis de estudar por estarem tão longe da Terra.

A galáxia M87, por exemplo, está a 54 milhões de anos-luz da Terra, no Grupo de Virgem, uma região próxima no universo, com a maior densidade de galáxias.

"Não esperava que o jato na M87, ou que qualquer outro jato em um buraco negro, aumentasse o brilho da maneira que este jato faz", disse Madrid.

"Ficou 90 vezes mais brilhante que o normal. A questão é: isto ocorre com todos os jatos ou núcleos ativos, ou estamos observando um comportamento incomum da (galáxia) M87?", questionou o astrônomo.

Razões para o brilho

Apesar das muitas observações feitas pelo Hubble e outros telescópios, os astrônomos não tem certeza da causa do brilho.

Uma das explicações mais simples é que o jato atingiu uma linha de poeira ou nuvem de gás e então está brilhando devido à colisão.

Outra possibilidade é que as linhas do campo magnético do jato estão espremidas, juntas, o que libera uma grande quantidade de energia.

Este fenômeno é semelhante à maneira como se desenvolvem as explosões solares e é até um mecanismo de criação das auroras na Terra.

Agora, o astrônomo Juan Madrid espera que as observações futuras do HST-1 revelem a causa da atividade misteriosa.

"Esperamos que as observações nos forneçam algumas teorias com boas explicações sobre os mecanismos que estão causando os jatos de luz", afirmou.

"Os astrônomos querem saber se esta é uma instabilidade intrínseca ao jato quando abre caminho para fora da galáxia ou se pode ser outra coisa", acrescentou.

Fonte: (1)

08/04/2009

Imagem do Dia

Imagem da Nasa mostra aterrissagem da nave Soyuz TMA-13 no Cazaquistão, com três tripulantes, após 177 dias no espaço

Anel de Poeira

Hubble revela anel de poeira no interior de galáxia brilhante

Galáxia NGC 7049 fica em constelação do hemisfério sul e contém vários aglomerados de estrelas
Os aglomerados de estrelas aparecem, na imagem do Hubble, como pontos brilhantes no halo galáctico

Os aglomerados de estrelas aparecem, na imagem do Hubble, como pontos brilhantes no halo galáctico

Uma nova imagem do Telescópio Espacial Hubble destaca anéis de poeira e aglomerados de estrelas na estranha galáxia NGC 7049. Essa galáxia tem uma aparência peculiar, que a coloca na divisa entre galáxias espirais e elípticas. Fica na constelação de Indus, ou Índio, e é mais brilhante de um aglomerado de galáxias, o que a coloca numa categoria chamada BCG.

As BCGs típicas estão entre as mais massivas e mais antigas galáxias conhecidas, e oferecem aos cientistas a oportunidade de estudar os aglomerados globulares que têm em seu interior.

Os aglomerados contidos em NGC 7049 aparecem, na imagem do Hubble, como pontos brilhantes no halo galáctico. Esse halo - a região de luz difusa que cerca a galáxia - é composto de milhares de estrelas, fornece o fundo luminoso que põe em evidência o notável anel de poeira que cerca o núcleo da galáxia.

Aglomerados globulares são agrupamentos muito densos de centenas de milhares de estrelas, mantidas juntas pela força da gravidade. Contêm algumas das primeiras estrelas produzidas em uma galáxia. NGC 7049 tem muito menos aglomerados que outras galáxias semelhantes.

A constelação de Indus é uma das menos notáveis do céu do hemisfério sul. Foi batizada pelo astrônomo holandês Petrus Plancius no século 16, a partir de observações feitas pelo navegador Pieter Dirkszoon Keyser e pelo explorador Frederick de Houtman.

Fonte: (1)

03/04/2009

Asteróide a Caminho da Terra

Asteróide está a caminho da Terra e pode colidir em 2014.

Um asteróide de pouco mais de um quilômetro de diâmetro estaria a caminho da Terra e poderia colidir com o planeta em 21 de março de 2014, segundo astrônomos da agência britânica responsável pelo monitoramento de objetos potencialmente perigosos para o planeta. Mas, ao menos na estatística, não parece ser o fim do mundo --a chance de uma colisão catastrófica é de apenas uma em 250 mil.

Chamado de 2003 QQ47, o asteróide se aproxima da Terra a uma velocidade de 32 km/s, o equivalente a 115 mil km/h. Com 1,2 quilômetro de diâmetro, ele tem um décimo da massa do meteorito que, acredita-se, levou à morte dos dinossauros há 65 milhões de anos.

O 2003 QQ47 será monitorado de perto pelas agências espaciais do hemisfério norte nos próximos dois meses. Segundo os astrônomos, as chances de impacto podem cair ainda mais conforme mais dados forem coletados. O alerta foi emitido pelo órgão depois que o asteróide foi avistado pela primeira vez, no Novo México (EUA).

O impacto de um corpo celeste dessas dimensões seria equivalente à explosão de 20 milhões de bombas atômicas semelhantes às lançadas pelos Estados Unidos contra Hiroshima há quase 60 anos, segundo um porta-voz do Centro de Informação sobre Objetos Próximos à Terra, no Reino Unido.


Asteróides como o 2003 QQ47 são pedaços de pedra que restaram após a formação do sistema solar, há 4,5 bilhões de anos. A maioria deles orbita o Sol em um cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, a uma distância segura da Terra. Mas a influência gravitacional de planetas gigantes como Júpiter podem arrancar estes objetos de suas órbitas originais e lançá-los no espaço.

No site do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial norte-americana), há um simulador que mostra as órbitas da Terra e do asteróide no decorrer do tempo.

Fonte: (1)