A dieta do buraco negro na Via Láctea
Novos modelos procuram explicar porque o buraco negro no centro da Via Láctea consome tão pouco material estelar.
Chamado de Sagittarius A* (ou Sgr A*), este buraco negro já era conhecido pelos astrônomos por ter pouco apetite.
Apesar de possuir uma grande quantidade de estrelas de grande massa bastante jovens nas proximidades, acreditava-se que ele só era capaz de absorver 1% do combustível gerado por elas.
No entanto, análises recentes mostram que esse número é ainda menor: de todo o material carregado pelos ventos, ele só consegue consumir 0,01%. Uma vez que buracos-negros são conhecidos por sua capacidade de absorver tudo o que está na proximidade, inclusive a luz, o fato de este em particular manter uma dieta tão restrita intrigava os pesquisadores. Por que, afinal, ele não consome mais?
A resposta pode estar nos modelos feitos a partir de imagens do Observatório de Raio-X Chandra. A hipótese considera o fluxo de energia entre duas regiões ao redor do buraco negro: a central, além da qual nem a luz escapa, e outra mais externa, que inclui o campo de força que se estende por milhões de anos-luz.
Colisões entre as partículas na região central aquecida transferem energia a partículas na região mais fria por meio da condução. Isso causa um aumento de pressão, que faz com que quase todo o gás vindo das estrelas seja dissipado antes de poder ser consumido pelo buraco negro.
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