02/07/2009

Buraco Negro "médio"

Pesquisadores encontram primeiro buraco negro "médio"

Um buraco negro com 500 vezes a massa do Sol, de tamanho intermediário entre os outros dois tipos de buracos negros conhecidos, foi descoberto pelo satélite XMM-Newton, da ESA (Agência Espacial Europeia).

Este novo tipo de buraco negro seria "o elo perdido" entre os buracos negros gigantes, com bilhões de vezes a massa solar (situados no centro da maior parte das galáxias), e os buracos negros com entre três e 20 vezes a massa do Sol, vestígios da morte de estrelas.

Ilustração mostra galáxia com primeiro buraco negro "médio" conhecido

"Não sabemos como se formam os buracos negros gigantes no centro das galáxias. Uma das hipóteses é que estes buracos negros sejam criados pela aglomeração de buracos negros de menor tamanho, com massa intermediária", explicou um dos autores do estudo, Didier Barret, astrofísico do Centro de Estudos Espaciais de Toulouse.

Barret participou da descoberta do HLX-1, considerado o "maior candidato" a integrar esta nova categoria de buracos negros, de massa intermediária, revela o estudo publicado na revista britânica "Nature". HLX-1 foi detectado como uma fonte ultraluminosa de raios X, a 290 milhões de anos-luz da Terra, na periferia da galáxia ESO 243-49.

"Sua luminosidade em raios X é excepcional: algo 260 milhões de vezes a luminosidade total do Sol", destacam o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França e a Universidade britânica de Leicester. Ao cair no buraco negro, a matéria se aquece e emite raios X antes de ser "engolida" por este sorvedouro espacial.

Graças às observações realizadas entre novembro de 2004 e novembro de 2008 pelo telescópio espacial XMM-Newton, uma equipe internacional pode detectar o HLX-1 e mostrar que se trata de uma fonte única de raios X, e não uma sobreposição de objetos menos luminosos.

"Sua extrema luminosidade, assim como as propriedades de emissão de raios X observadas só podem ser explicadas pela presença de um buraco negro de massa superior a 500 massas solares", destacam CNES e Universidade de Leicester.
Fonte: (1)

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